segunda-feira, 6 de abril de 2009

Antonio de Pádua Gomide.(APG)






UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA


Meu nome é Antônio de Pádua Gomide. Desde de muito garoto, me lembro ser fascinado pelos sons dos instrumentos musicais. Venho de uma família de músicos e fui muito cedo iniciado nos mistérios da Divina Arte, por minha mãe que é professora de piano.



No final da década de 1980 comecei a me interessar pela construção de instrumentos. Nesta ocasião, atuando como professor de violão, percebi que vários alunos não tinham motivação suficiente para aprender. Muitos chegavam até mesmo desistir dos estudos devido a precariedade dos instrumentos. O fato era que os violões por eles utilizados não apresentavam sonoridade satisfatória e eram difíceis de serem tocados.



Ao fazer reparos em instrumentos de alguns alunos descobri um novo e grande universo. Comecei a perceber que cada violão era diferente tanto pela maneira como se deixava tocar, quanto pela sua forma, pela voz, pelo timbre, pelo volume, etc. Assim, apenas tocar os instrumentos não satisfazia mais a minha curiosidade, por isso fui em busca dos primeiros fundamentos da Arte da Lutheria.



Naquela época entrei em contato com o grande luthier Roberto Gomes (http://www.gomes.guitars.nom.br/), pedindo-lhe instruções sobre como poderia construir meu próprio violão. Ele sugeriu que me matriculasse em um curso de restauração de instrumentos musicais na escola de lutheria de São João Del Rei, na Universidade Federal de São João Del Rey (antiga FUNREI). Ali iniciei-me na bela arte de construção de instrumentos de corda. Muito incentivado pelo Roberto Gomes, tornamo-nos grandes amigos. Ele me dizia que eu possuía uma mão muito boa para lutheria. Eu, humildemente, acreditava nisso, pois sempre trabalhei com as mãos, ora com artesanato, ora como músico. Passei então a desenvolver meus primeiros modelos e a partir daí não parei mais.
Estudando os modelos desenvolvidos pelos grandes mestres da lutheria mundial, como José Ramirez, Antônio de Torres, Miguel Rodrigues, Ignácio Fleta, Hermann Hauser, Daniel Frederich, entre outros, fiz cópias e desenvolvi modelos seguindo as normas e princípios formulados por eles. Meu objetivo era descobrir as diferenças básicas entre os trabalhos dos grandes mestres, vindo, desta forma, a aprimorar minha técnica e desenvolver instrumentos que fossem de alta qualidade.
Com instrumentos de qualidade e preço acessíveis, eu poderia atender não só os iniciantes, mas também músicos experientes que já sabem o que procuram, podendo escolher características específicas para seu instrumento: timbre, volume, afinações, etc.
Os instrumentos, então, uniram a apresentação visual das belas madeiras usadas, o som bem temperado e o conforto para o músico. É isso que busco oferecer aos meus clientes. Além de manter-me atento aos requisitos da tradição de se produzir bons instrumentos, estou sempre experimentando, inovando, buscando novas formas e meios de conseguir o máximo em beleza, qualidade sonora e tocabilidade.

Comentário de Musicos Sobre: Antônio de Pádua Gomide.

Nelson Faria.

Antonio de Padua Gomide para mim é um nome que remete a trabalho, paixão e arte. Alguém que consegue transferir para um pedaço de madeira, sentimento e emoção. Seus violões "falam" mais bonito, com um som que vem da alma.. Quando toquei em um violão APG pela primeira vez fiquei totalmente fascinado com a sonoridade , o acabamento e a projeção do som. Imediatamente entrei em contato com o Antônio para encomendar o meu. Admiro também este luthier pela flexibilidade e humildade em fazer modificações de acordo com as nossas necessidades. Parabéns Antônio, a música agradece o seu empenho e a sua arte! Nelson Faria é compositor, arranjador, guitarrista e violonista (www.nelsonfaria.com)...



Bartholomeu Wiese.


"Antonio de Pádua, através de um trabalho científico sério - pesquisas na área da engenharia florestal, microscopia - aliado à sua paixão pelo violão, vem mostrando, e a cada momento surpreendendo com suas novas descobertas, o que há de melhor na arte da lutheria. Tenho me apresentado com seus violões e me sinto plenamente realizado. Parabéns Antônio!" Bartholomeu Wiese, violonista, professor de violão na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante do tradicional grupo de choro carioca Galo Preto.


Willians Pereira.


"Uma das coisas com as quais mais me identifiquei com ele foi sua capacidade de inventar. Uma qualidade fruto de muita pesquisa e um amor sincero e profundo por música e madeira. Seu nome é Antônio de Pádua Gomide." Willians Pereira foi um grande amigo que nos deixou para ir ao encontro do Criador. Foi compositor e violonista (http://www.willianspereira.com/).


Alexandre Gismonti.


"Antônio de Pádua é uma grande pessoa. Partindo do princípio de que, para alcançarmos a maestria no trabalho, seja qual for o ofício, precisamos ser, sobretudo, boas pessoas; Ele já saiu em vantagem.E foi com esta vantagem que, ao longo de anos e anos de dedicação e trabalho com madeira, alcançou uma autêntica maestria na arte da lutheria.Fico muito feliz de ter encontrado no meu caminho esse grande luthier, Antônio de Pádua Gomide. E o agradeço imensamente pela paciência e simpatia de sempre." Alexandre Gismonti é violonista e compositor. O sobrenome herdado de seu pai, Egberto Gismonti, significa música no idioma "brasilês". Para conhecer mais sobre o trabalho de Alexandre, acesse http://www.alexandregismonti.com/.


Marcus Llerena.


" O violão Antônio de Pádua reúne todos os requisitos que um instrumento de alta qualidade deve possuir, madeiras selecionadas com algum histórico nobre, sonoridade densa e equilibrada que facilita e embeleza a execução musical. Como Luthier conseguiu assimilar com destreza todas qualidades que a arte ancestral dos grandes mestres, reverencia e aplaude". Marcus Llerena é violonista, compositor e arranjador.


Graça Alan.


"Instrumento que cresce nas mãos do violonista. É assim o violão do luthier Antônio de Pádua. Instrumento e instrumentista que interagem com espontaneidade resultando, em palco, num trabalho de toque refinado e de alta qualidade na performance. Instrumento e luthier dignos de constarem na lista dos grandes construtores e artistas do cenário violonístico." Graça Alan é compositora e violonista. professora de violão na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Maxwell de Oliveira.


"Os violões assinados por Antônio de Pádua são únicos: combinam timbre, ótimo acabamento, sustain, equilíbrio e ótima relação custo/benefício. Além de reproduzir alguns dos projetos de violões mais consagrados do mundo, ele desenvolveu um projeto de violão raro de se ver: timbre belíssimo, sonoridade robusta, equilibrado e acabamento impecável. Certamente o nome Antônio de Pádua estará gravado nas páginas da história dos artístas/construtores desse país!" Maxwell de Oliveira é compositor e violonista.


Daniel Waters.


Antônio, que instrumento maravilhoso você criou para mim! Êste violão de 7 cordas é uma verdadeira festa. Cada vez que abro o estojo, eu me delicio com a sutileza do acabamento e os detalhes originais do instrumento. Mas o milagre mesmo é o som, que é equilibrado e lírico sem deixar de ter surpreendente alcance e volume. O violão reage com entusiasmo, e é um parceiro vivo cujos limites ainda não encontrei. Sinto-me como se estivesse montado num cavalo de raça. Sei que este violão irá aprofundar a minha musicalidade e me proporcionar alegria por muitos anos no futuro. - Daniel Waters é músico, compositor e poeta na ilha de Martha's Vineyard.

Luiz Naveda.

"Primeiro, o trabalho:Acompanho o trabalho do Luthier Antônio de Pádua já faz 12 anos. A parte mais importante de minha vida musical e pessoal foi influenciada pelo diálogo com essa simpática caixa de música, jacarandá-da-bahia e pinho, arquitetado a força sobre um belo violão concebido em sua oficina. Meu Torres n.14 foi o laboratório para minha pesquisa de mestrado em 2002 que envolveu timbre, volume e psicoacústica na produção de som no violão. Este instrumento suportou gravações, grandes teatros no Brasil, no exterior, salas de câmara, horas de estudo, contextos acusticamente complicados, formações com oboé e piano, na maioria das vezes sem amplificação. Ainda hoje percebo que ele me desafia e convida a explorá-lo, não cedendo a caprichos e se adaptando perfeitamente à diversidade e contraste da música latino-americana, contemporânea e ao equilíbrio do repertório clássico. Mais que isso, esse instrumento amadurece comigo.Segundo a confiança:Antônio carrega a mais marcante dualidade dos artistas: afinco e paixão. Antônio não faz violões somente por encomenda ou para que alguém os compre. Em sua oficina os violões sempre estão por lá, como que surgindo por vontade própria. São violões para soar, para serem tocados, tal como que escolhessem seus donos, e não o contrário. Ter um violão com afinco deste Luthier é levar consigo anos de técnica, madeiras únicas, historia, arte e diversidade. Neste violão feito com paixão impera a confiança dos artistas: instrumentos com personalidade, expressão e o cuidado eterno de seu construtor. " Luiz Naveda é violonista clássico.

Fonte:[http://www.apgomide.com/historia.html]
Edição: [Ygor Furtado]


Nelson Faria tocando Samba do Avião no seu violão exclusivo Classic Cutway NF, construído por Antônio de Pádua Gomide em Viçosa, MG.






Alexandre Gismonti & Seu Violão APG - Choro Nº1

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